Ainda vale a pena constituir família ?
Entristece-me ver tanto ceticismo em relação ao amor e às relações. Parece que agora é normal entrar numa determinada relação com uma data de validade e sem se entregar completamente.
O que observo é que não há confiança e também cada vez mais, não há um sentido de dever ou responsabilidade. Um casal que não tem noção do que é um voto sagrado e eterno não é provável que sobreviva muito tempo. Há uma volatilidade e relativismo que se impõe e fazem com que aquilo que hoje se é, amanhã possa já não ser. As promessas realizadas não passam disso, promessas que não se transformam realidades.
Fui alimentado, tal como o homem comum, com uma série de mentiras sobre as relações. Algumas hiper-idealistas em que não havia tensão, dor ou sacrifício, outras apenas focavam o lado hedonista, retratando as relações casuais como algo aconselhável. Enfim, as manobras de distração são muitas e as mentiras são bastante sedutoras à vista desarmada. Um exemplo disso é que nos é transmitida a ideia de que podemos adiar indefinidamente esse processo de compromisso com alguém.
Quando os jovens estão a ponto de iniciar a vida adulta é muito propagada a mensagem de que têm tempo, que precisam de ter experiências até assentarem com alguém. Muito sinceramente acho que esta filosofia tende a infantilizar as pessoas e a iludir porque pressupõe que essas experiências vão produzir uma aprendizagem valorosa e constata-se invariavelmente que esse não é o caso, que no caso dos homens isto quer muitas vezes dizer que têm carta branca para oportunismo sexual e nas mulheres quer dizer frequentemente que têm via aberta para uma romantização idealista e Holywoodesca, a base do amor fátuo. Por outro lado esta mensagem pressupõe também que temos tempo, no entanto a realidade é que não sabemos o tempo que temos e a janela para constituir família vai fechando paulatinamente á medida que o tempo passa.
É costume dizer-se popularmente que os homens enganam-se pelos olhos e as mulheres pelos ouvidos e, como referi, o oportunismo sexual e a romantização idealista são duas grandes expressões de erros populares neste domínio das relações. O homem, tomado muitas vezes pelo dose avassaladora de sensualidade que está presente na informação que vai consumindo, vai em busca de “troféus” para o seu espólio. No caso da mulher, muitas vezes movida a pelo sentimentalismo e pela enganadora “busca da felicidade” como fim último para a vida, tende a ficar permanentemente insatisfeita quando constata que a fantasia rapidamente se desmorona, resultado de se deixar guiar exclusivamente pelo sentimento e menos pela razão.
Depois temos ainda um outro problema que afeta os dois sexos, tanto homens como mulheres, que diz respeito à crescente indefinição do papel e identidade do homem e da mulher. Na era da suposta igualdade, estas definições tornam-se cada vez mais nebulosas e as referências que temos na televisão, desporto, cultura, ou academia são muitas vezes de homens efeminados e mulheres masculinizadas.
Acresce a isto ainda outros problemas, desde a normalização do divórcio e do adultério à perversão sexual, a ausência da vocação pedagógica dos pais entre muitos outros.
Nós crescemos com este tipo de propaganda, o casamento já não é o foco, construir uma família não é a pedra angular. O resultado é que temos muitas pessoas sem Deus, escravizadas pelos apetites hedonistas, sem capacidade de sacrifício para construir uma família decente, e a somar a isto, uma crise de fertilidade. Esta é a base de onde provêm muitos dos problemas políticos a que assistimos. É costume dizer-se popularmente que os homens enganam-se pelos olhos e as mulheres pelos ouvidos e, como referi, o oportunismo sexual e a romantização idealista são duas grandes expressões de erros populares neste domínio das relações. O homem, tomado muitas vezes pelo dose avassaladora de sensualidade que está presente na informação que vai consumindo, vai em busca de “troféus” para o seu espólio. No caso da mulher, muitas vezes movida a pelo sentimentalismo e pela enganadora “busca da felicidade” como fim último para a vida, tende a ficar permanentemente insatisfeita quando constata que a fantasia rapidamente se desmorona, resultado de se deixar guiar exclusivamente pelo sentimento e menos pela razão.
Depois temos ainda um outro problema que afeta os dois sexos, tanto homens como mulheres, que diz respeito à crescente indefinição do papel e identidade do homem e da mulher. Na era da suposta igualdade, estas definições tornam-se cada vez mais nebulosas e as referências que temos na televisão, desporto, cultura, ou academia são muitas vezes de homens efeminados e mulheres masculinizadas.
Acresce a isto ainda outros problemas, desde a normalização do divórcio e do adultério à perversão sexual, a ausência da vocação pedagógica dos pais entre muitos outros.
Nós crescemos com este tipo de propaganda, o casamento já não é o foco, construir uma família não é a pedra angular. O resultado é que temos muitas pessoas sem Deus, escravizadas pelos apetites hedonistas, sem capacidade de sacrifício para construir uma família decente, e a somar a isto, uma crise de fertilidade. Esta é a base de onde provêm muitos dos problemas políticos a que assistimos.
Holy Family - Collinson
Precisamos de começar a construir famílias para conseguirmos algum tipo de coesão social. Tal como Aristóteles definia, o país é um conjunto de famílias, portanto o nosso sucesso coletivo enquanto país depende da capacidade para construir e orientar devidamente as famílias.