Operations security (OPSEC)

Operations security (OPSEC)

Segurança Operacional (OPSEC) é um termo originado no contexto militar dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã. Trata-se de um processo que busca identificar informações críticas para determinar se as ações de uma entidade podem ser observadas pela inteligência inimiga, avaliar se as informações obtidas pelo adversário são úteis para ele e, em seguida, executar ações selecionadas que eliminam ou reduzem a exploração adversa dessas informações. O objetivo é garantir que uma operação militar, por exemplo, possua o nível adequado de segurança e impeça que o oponente obtenha conhecimento sobre disposições, capacidades, intenções e vulnerabilidades das forças amigas.

De forma mais geral, a OPSEC envolve a proteção de dados individuais que, quando agrupados, podem fornecer uma imagem mais completa. Trata-se de proteger informações críticas consideradas essenciais para missões militares, comandantes, líderes de alto escalão, gerentes ou outros órgãos de tomada de decisão. Esse processo resulta no desenvolvimento de contramedidas, que incluem medidas técnicas e não técnicas, como o uso de criptografia de e-mails, precauções contra interceptação e espionagem, atenção especial a detalhes nas fotos tiradas (como itens no plano de fundo) e evitar divulgar abertamente informações críticas sobre atividades ou organização de uma unidade em mídias sociais.

"O inimigo está escutando; ele quer saber o que você sabe; guarde para você."

A OPSEC é um processo iterativo composto por cinco etapas que auxilia uma organização a identificar informações específicas que requerem proteção e a adotar medidas para protegê-las:

  1. Identificação de informações críticas: são informações sobre intenções, recursos e atividades amigas que permitem que um adversário planeje interromper efetivamente as operações. Essa etapa resulta na criação de uma lista de informações críticas (CIL), permitindo que a organização concentre seus recursos nas informações vitais em vez de tentar proteger todas as informações classificadas ou confidenciais não classificadas. Exemplos de informações críticas incluem agendas de implantação militar, informações internas da organização e detalhes de medidas de segurança.

  2. Análise de ameaças: uma ameaça pode ser proveniente de um indivíduo ou grupo que possa tentar interromper ou comprometer atividades amigas. A ameaça é dividida em adversários com intenção e capacidade. Quanto maior a combinação da intenção e capacidade do adversário, maior é a ameaça. Nessa etapa, são utilizadas fontes como atividades de inteligência, aplicação da lei e informações de código aberto para identificar possíveis adversários de uma operação planejada e priorizar seu grau de ameaça.

  3. Análise de vulnerabilidades: examinando todos os aspectos da operação planejada para identificar indicadores OPSEC que poderiam revelar informações críticas. Esses indicadores são então comparados com os recursos de coleta de inteligência do adversário identificados na etapa anterior. A ameaça pode ser considerada como a força do adversário, enquanto a vulnerabilidade pode ser vista como a fraqueza da organização amiga.

  4. Avaliação de risco: Na etapa de avaliação de risco, os planejadores analisam cuidadosamente as vulnerabilidades identificadas anteriormente e determinam as medidas específicas de OPSEC que devem ser implementadas. O processo envolve a avaliação do potencial impacto caso ocorra a divulgação de informações críticas e a análise da probabilidade desse evento com base na capacidade e intenção do adversário.

Com base nessa análise de risco, são selecionadas as medidas adequadas de OPSEC para mitigar os riscos identificados. Isso pode incluir a implementação de protocolos de segurança mais rigorosos, restrições de acesso a informações sensíveis, treinamento e conscientização dos envolvidos, bem como outras ações destinadas a reduzir a exposição de informações críticas aos adversários.

É fundamental destacar que a avaliação de risco deve ser um processo contínuo e estar sujeita a revisões periódicas. À medida que surgem novas ameaças ou as condições mudam, é necessário adaptar e atualizar as medidas de OPSEC para garantir sua eficácia contínua na proteção das informações.

  1. Aplicação de medidas de OPSEC apropriadas: Nesta etapa, as medidas de OPSEC selecionadas na avaliação de risco são colocadas em prática. Isso envolve a execução das ações planejadas, a adoção das práticas de segurança recomendadas e a incorporação das medidas técnicas e não técnicas identificadas. Além disso, é fundamental monitorar constantemente a eficácia das medidas de OPSEC na proteção das informações contra as ameaças relevantes.

A aplicação das medidas de OPSEC deve ser um processo abrangente e contínuo, envolvendo todos os membros da organização. A conscientização sobre a importância da segurança operacional e o treinamento adequado são essenciais para garantir a conformidade com as medidas de proteção de informações críticas. Além disso, é recomendável realizar avaliações regulares de OPSEC para identificar novas vulnerabilidades, atualizar as contramedidas existentes e manter um ambiente seguro.

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